O clima anti jesuíta em Portugal e as causas remotas e próximas da expulsão

Miguel Maria Santos Corrêa Monteiro
Faculdade de Letras
Universidade de Lisboa

ORCID: 0000-0001-5563-2812

Publicado: 23/09/2022

DOI: https://doi.org/10.31338/ahi.2022.1.3

RESUMO: Uma leitura cuidadosa da correspondência de Francisco Xavier de Mendonça Furtado, o irmão de Pombal e governador da Amazónia, leva-nos à conclusão de que as queixas contra os jesuítas eram antigas, e provocaram o clima de ressentimento, não somente em relação aos proprietários de engenhos de açúcar, que viram com bons olhos a possibilidade de confisco das suas propriedades e outros ativos, e afirmaram que os jesuítas se alhearam da administração das suas funções com o fim de permitir o controle não somente político quanto à mão de obra indígena, mas também a posse económica da região amazónica. Em 1741, duas bulas papais proibiram os missionários de exercer qualquer atividade comercial e de autoridade secular, facto que foi mais tarde utilizado por marquês de Pombal para minimizar o poder dos inacianos.

PALAVRAS-CHAVE: jesuítas, século XVIII, Amazónia, anti jesuitismo, expulsão.

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